Estudo revela que direitos dos passageiros aéreos  continuam praticamente desconhecidos

Estudo revela que direitos dos passageiros aéreos continuam praticamente desconhecidos

Atualizado pela última vez 24 de março de 2021

No 14.º aniversário do regulamento EC 261, o estudo revela que a regulamentação dos direitos dos passageiros da UE continua a ser pouco usada

  • Estudo da AirHelp conclui que, em média, 85% dos passageiros aéreos não conhecem os seus direitos.
  • 66% dos passageiros europeus sentem que as companhias aéreas não os informam o suficiente acerca dos seus direitos.
  • Todos os anos, ficam por reclamar mais de 5 mil milhões de euros em compensações a nível mundial.

Lisboa, 6 de março de 2018 – A AirHelp, empresa especializada na defesa dos direitos dos passageiros aéreos e líder mundial na obtenção de compensações por perturbações em voos, divulgou hoje os resultados de um estudo que revela que 85% dos cidadãos da UE não conhecem os seus direitos enquanto passageiros aéreos e que, todos os anos, ficam por pagar 5 mil milhões de euros em compensações a nível mundial. Apesar dos requisitos do regulamento europeu EC 261, as companhias aéreas continuam a não informar os passageiros dos seus direitos, uma vez que 66% dos viajantes sentem que as companhias aéreas não os informam o suficiente.

Para a realização deste estudo, um dos mais abrangentes sobre os direitos dos passageiros aéreos, a AirHelp entrevistou mais de 7000 pessoas da UE*. Os resultados sugerem que ainda há um longo caminho a percorrer até que os passageiros estejam plenamente conscientes dos seus direitos. O estudo também revela que 53% dos passageiros aéreos pensam que são elegíveis a receber até 600€ em compensação. No entanto, apenas cerca de metade das pessoas que sofreram perturbações em voos procederam ao pedido de compensação. Isto demonstra que a implementação do regulamento EC 261, com 14 anos, não está suficientemente difundida e que milhares de milhões de euros em compensações permanecem nas mãos das companhias aéreas. As três razões mais comuns para um viajante europeu não submeter um pedido de compensação são: desconhecem os seus direitos (42%); pensam que não são elegíveis para compensação (36%) e não sabem como pedir a compensação (24%).

Henrik Zillmer, CEO da AirHelp, refere: «O regulamento EC 261 da UE é bastante valioso, porque protege os direitos dos viajantes. Contudo, é evidente que os passageiros ainda se sentem impotentes contra as companhias aéreas e muitos perdem o direito à compensação a que têm direito pelo facto de não submeterem o pedido. Todos os anos, cerca de 13 milhões de passageiros deixam mais de 5 mil milhões de euros nas mãos das companhias aéreas, as quais lhes devem compensações devido a desagradáveis perturbações de voo. Estamos muito entusiasmados por partilhar os resultados deste estudo com os passageiros, decisores políticos e companhias aéreas. Este estudo revela, pela primeira vez, provas incontestáveis da necessidade de aumentar a consciencialização e entendimento dos direitos dos passageiros aéreos. Esse foi um dos motivos pelos quais criámos a AirHelp, há cinco anos, e vamos continuar a trabalhar incansavelmente para ajudar os viajantes a obter as compensações às quais têm direito e a apoiá-los nas suas perturbações nos voos».

Pavel Telička, Vice-Presidente do Parlamento Europeu e membro da Comissão dos Transportes e do Turismo, afirma: «as recentes perturbações em voos mostram até que ponto os passageiros aéreos não conhecem seus direitos. O facto de existir pouco conhecimento na UE sobre os direitos dos passageiros aéreos, embora a UE tenha estabelecido uma das legislações mais protecionistas sobre o assunto, é muito preocupante. Especialmente num contexto de desconfiança nas nossas instituições e no projeto europeu como um todo, é urgente fazer face a este problema e repensar a forma como comunicamos as legislações da UE, que afetam de forma direta e positiva os cidadãos».

Perturbações em voos: estes são os direitos dos passageiros

Os passageiros afetados por atrasos, cancelamentos ou impedimentos de embarque podem ter direito a uma compensação financeira de até 600€ por pessoa em determinadas circunstâncias. Para tal, o aeroporto de partida deve estar dentro da UE ou a transportadora aérea estar sediada na UE e aterrar na UE. Além disso, o motivo do atraso do voo deve ser causado pela companhia. A compensação pode ser reivindicada num prazo de três anos após a perturbação.

Em caso de situações consideradas como «circunstâncias extraordinárias», como greves sem aviso prévio, tempestades ou emergências médicas, a companhia aérea está isenta da obrigação de compensar os passageiros. Por outras palavras, «circunstâncias extraordinárias» não dão direito a compensação.

Sobre o estudo

* Salvo indicação em contrário, todos os dados foram fornecidos pela YouGov Deutschland GmbH. Nesta pesquisa, foram entrevistadas 7103 pessoas entre 31 de janeiro e 6 de fevereiro de 2018. Os resultados são representativos da opinião de passageiros aéreos da Alemanha, Reino Unido, Suécia, Itália, Noruega e Espanha (+18 anos).

Cerca de 85% dos passageiros não conhecem os seus direitos. Não seja um deles.

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A AirHelp é membro da APRA (Association of Passenger Rights Advocates — Associação de Advogados dos Direitos do Passageiro), cuja missão é promover e proteger os direitos dos passageiros.

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