5 passos para superar o medo de avião

O medo de avião pode ser mais comum do que tendemos a imaginar. De acordo com pesquisas recentes, 3 em cada 10 brasileiros têm medo de andar de avião. E os sintomas podem variar de uma ansiedade comum até a fobia propriamente dita.

A decolagem e o pouso podem desencadear suores e tremores em muitos passageiros. E a turbulência, comum em áreas de instabilidade, é temido por todos. No entanto, as razões por trás do medo de voar podem estar relacionadas a inúmeros motivos – do medo de altura até a falta de controle da situação.

Em situações mais extremas, o medo de avião pode ser motivo para buscar ajuda profissional. No entanto, em muitos outros casos, pode ser superado (ou ao menos controlado) se o passageiro entender a situação e estiver bem informado.

Confira 5 passos simples que podem ajudar você a superar o medo de avião.

Diante de inúmeras situações que causam medo, o conhecimento pode ser parte da solução para controlar a ansiedade. Com relação à fobia de avião não é diferente. Fatos e dados estatísticos relacionados à aviação talvez ajudem a aliviar a angústia.

O primeiro passo para superar o medo de avião é identificar a raiz do problema. Como o medo é uma reação psicológica de mecanismo de defesa relacionada até mesmo à sobrevivência, é importante compreender o que o desencadeia.

Seu medo de andar de avião tem a ver com o avião em si ou com outras situações associadas ao voo? Afinal, pode envolver medo de altura, aversão a lugares fechados ou dificuldade de lidar com situações em que não se está no controle.

Para algumas pessoas, o medo de andar de avião tem a ver justamente com viagens passadas. Se o passageiro passou por situações traumáticas que envolvessem voar ou então passou por uma fortíssima turbulência, entrar numa aeronave pode servir como gatilho.

Caso seus sintomas sejam mais graves – crises de ansiedade, taquicardia e ataque de pânico –, talvez possam ser diagnosticados como aerofobia, o medo de voar. Nessas situações em que o medo já é algo patológico, é fundamental buscar ajuda profissional.

As estatísticas são todas favoráveis para ajudá-lo a superar o medo de voar. Para começar, o avião é o segundo meio de transporte mais seguro do mundo; perde apenas para o… elevador. Não vamos nem comparar a complexidade de uma e outra viagem, não é?

Além disso, a probabilidade de sofrer um acidente de avião é menor do que a de ser atacado por um tubarão! E se compararmos com a probabilidade de sofrer um acidente de carro, bem, nesse caso, o avião é infinitamente mais seguro.

Como nem sempre nossos medos são racionais, esses dados podem não dizer muita coisa… Nesse caso, se inteirar sobre o funcionamento do avião pode ajudar. Afinal, como algo mais pesado que o ar se mantém a 12 mil metros do chão? A física explica!

Talvez seja útil pesquisar e entender também sobre os procedimentos de segurança envolvendo qualquer aeronave. Das saídas de emergências às máscaras de oxigênio, do treinamento da tripulação ao minucioso trabalho de controle do tráfego aéreo.

Isso tudo pode ajudá-lo a se convencer de que o avião é perfeitamente seguro e que os voos são comandados por pessoas capacitadas.

Há muita coisa em jogo na hora de comprar um assento em um voo. Para quem tem medo de avião, essa escolha pode e deve ser mais criteriosa. Aqueles sintomas todos relacionados a ganhar os ares podem se atenuar se algumas estratégias forem levadas em conta.

Para começar, prefira voar durante o dia, quando a sensação de insegurança tende a ser menor; a claridade alivia o medo de incerto. Dê preferência também para voos sem conexão ou com a menor quantidade possível. Porém, esteja ciente de que esses dois critérios podem contribuir para que a passagem seja mais cara.

Se a altura tende a causar vertigem, reserve um assento no corredor, de modo que você não tenha tanto contato com o cenário visto da janela. Opte também por um assento próximo às asas, não só o local mais estável da aeronave, como também o de mais fácil acesso às saídas de emergência.

Passado esse momento todo de preparo e de busca por informação, é hora de encarar a viagem de avião de fato. O momento da decolagem já pode ser difícil, por isso o mais importante é tentar manter a calma. Lembre-se de comunicar a quem viaja com você sobre seu medo de andar de avião e sobre como pode acalmá-lo nessa situação.

Uma viagem de avião, especialmente se for longa, pode ser desconfortável para qualquer passageiro – imagine então para quem tem fobia de voar. Nesse caso, é ainda mais importante se organizar para garantir uma viagem confortável e livre de imprevistos.

Antes de viajar, evite consumir alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas, já que podem contribuir para uma sensação de desconforto e inchaço. A cafeína também deve ser evitada, afinal, perder o sono não vai ajudar em nada.

Separe os documentos da viagem e dirija-se ao aeroporto com antecedência. Driblar situações que podem causar ansiedade é parte da solução. Lembre-se de usar roupas e calçados confortáveis e de levar possíveis medicamentos na bagagem de mão.

Garanta que você terá com o que se distrair durante o voo. Leve um livro, uma revista ou mesmo palavras cruzadas. Tenha disponível no celular filmes ou seriados para assistir ou mesmo suas playlists de músicas favoritas. Tudo para garantir que o voo passe o mais depressa possível.

Uma boa “sacada psicológica” para tentar lidar com a fobia de voar é se concentrar no que aquela viagem de avião poderá trazer de benefícios a você. Embora algumas viagens possam ser resultado de situações ruins e tristes, como doença ou morte, a maioria tende a ser por algo bom.

Uma reunião de trabalho que pode significar uma promoção, uma viagem dos sonhos planejada há muito tempo, o reencontro com familiares ou amigos que não vemos há anos… Viajar de avião pode ser o ato inicial para vivenciar momentos inesquecíveis! Focar no que será vivido no destino e não durante o trajeto pode ser a resposta.

Perceba que o medo de avião pode ser superado por boa parte dos passageiros se o foco for em autoconhecimento e informação.

Voos atrasados acontecem, mas isso não significa que você tenha que aceitá-los. Você pode ter direito a até R$ 5.000 em indenização por voos atrasados, cancelados ou com overbooking nos últimos 5 anos.