Pode levar pilha no avião? Guia completo ANAC 2025

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Pode levar pilha no avião? Guia completo ANAC 2025

Atualizado em 1 de dezembro de 2025

Entre tantas regras e restrições de viagem, uma dúvida continua aparecendo nos aeroportos: afinal, pode levar pilha no avião? O tema parece simples, mas carrega várias particularidades que muita gente desconhece e que podem evitar problemas na hora do embarque. 

Em 2025, a ANAC atualizou algumas orientações para deixar o transporte de pilhas e baterias mais claro e seguro. Esses pequenos objetos que alimentam controles, câmeras e fones de ouvido são mais delicados do que parecem. 

Algumas pilhas podem reagir de forma perigosa em determinadas condições, e é por isso que existem regras específicas sobre onde e como elas devem ser levadas. Não se trata de burocracia, mas de segurança, tanto para os passageiros quanto para a tripulação. 

O bom é que ninguém precisa se preocupar demais. A maioria das pilhas comuns pode ser transportada sem problema, desde que o passageiro siga as orientações corretas. O que muda é o tipo de pilha e o destino dela dentro da mala. Algumas devem ir na bagagem de mão, outras podem ser despachadas sem restrição.

Regras da ANAC para Transportar Pilhas no Avião

As regras da ANAC para transportar pilhas no avião existem para manter cada voo seguro e sem imprevistos. Embora pareçam inofensivas, as pilhas podem representar riscos quando mal acondicionadas e por isso merecem atenção especial. 

Saber o que é permitido e como levar esses itens evita problemas na hora do embarque e garante uma viagem tranquila. Antes de viajar, vale consultar as regras atualizadas e se certificar de que tudo está em ordem. 

Pode levar pilha AA no avião e outros tipos comuns

As pilhas AA, AAA e outros modelos comuns usados em controles, brinquedos ou câmeras fotográficas geralmente são permitidas no avião sem grandes restrições. Elas são consideradas seguras porque possuem baixa voltagem e risco mínimo de superaquecimento. 

A ANAC permite que esses tipos de pilhas sejam transportados tanto na bagagem de mão quanto na despachada, desde que estejam em bom estado e devidamente protegidos contra curto-circuito. 

Isso significa evitar o contato direto entre os polos, o ideal é deixá-las dentro do equipamento, na embalagem original ou com as extremidades isoladas por fita adesiva. 

Pilhas alcalinas, recarregáveis de níquel ou de hidreto metálico (NiMH) também se enquadram nessa categoria e podem ser levadas com tranquilidade. O que realmente importa é a conservação: pilhas danificadas, inchadas ou com vazamento devem ser descartadas antes da viagem.

Pilhas de lítio e suas restrições específicas

As pilhas e baterias de lítio exigem mais atenção porque possuem maior densidade de energia e, portanto, um risco potencial de superaquecimento ou incêndio. Elas são amplamente usadas em notebooks, celulares, câmeras e outros eletrônicos portáteis. 

A ANAC determina que essas pilhas sejam preferencialmente transportadas na bagagem de mão, nunca soltas ou em contato direto com objetos metálicos. O motivo é simples. Em caso de falha, a tripulação pode agir rapidamente se o item estiver a bordo. 

Para as baterias sobressalentes, a recomendação é sempre protegê-las individualmente com capa ou fita nos terminais. 

Outro ponto importante é o limite de capacidade: pilhas e baterias de até 100 Wh (watt-hora) são liberadas, enquanto as que ultrapassam esse valor precisam de autorização especial da companhia aérea. Modelos acima de 160 Wh, usados em equipamentos industriais, geralmente são proibidos.

Pilha na bagagem de mão vs bagagem despachada

Saber onde colocar suas pilhas faz toda a diferença na hora de viajar. A ANAC orienta que pilhas e baterias estejam, sempre que possível, na bagagem de mão. Isso se aplica principalmente às de lítio, já que, em caso de superaquecimento, é mais fácil agir quando o item está acessível. 

As pilhas comuns, como AA, AAA, alcalinas ou recarregáveis, também podem ir na bagagem despachada, desde que em boas condições e protegidas contra contato direto entre os polos. 

Já as baterias sobressalentes, que não estão dentro de nenhum equipamento, devem ir obrigatoriamente na bagagem de mão. É importante mantê-las separadas, em embalagens individuais ou com terminais isolados. 

Essa precaução evita curtos-circuitos e vazamentos. Na bagagem despachada, pilhas soltas não são permitidas, pois o compartimento de carga não tem monitoramento direto durante o voo.

Pilha em voo internacional - TSA e EASA

Quando o destino é fora do Brasil, as regras da ANAC ainda servem de base, mas vale conhecer também as normas internacionais. As principais referências são a TSA (Transportation Security Administration), dos Estados Unidos, e a EASA (European Union Aviation Safety Agency), da Europa. 

Ambas seguem critérios semelhantes: pilhas comuns podem ser transportadas sem restrição, enquanto as de lítio precisam de atenção especial.

A TSA determina que as pilhas de lítio estejam sempre na bagagem de mão e devidamente protegidas. O limite padrão é o mesmo adotado pela ANAC, até 100 Wh para uso pessoal. 

A EASA também segue essa linha e reforça a importância de proteger os terminais e evitar transporte de pilhas danificadas. 

Em ambos os casos, as baterias sobressalentes não podem ser despachadas. Essas regras internacionais têm o mesmo propósito: garantir a segurança a bordo e evitar acidentes provocados por mau acondicionamento.

Como Embalar e Transportar Pilhas com Segurança

Saber como embalar e transportar pilhas com segurança é essencial para evitar imprevistos, tanto em viagens quanto no dia a dia. Embora pequenas, as pilhas podem causar curto-circuito ou vazamento quando mal acondicionadas, por isso merecem atenção especial. 

A ANAC e outros órgãos de aviação reforçam a importância de protegê-las de choques, calor e contato direto entre os polos. Com alguns cuidados simples, é possível transportar suas pilhas de forma prática, segura e em total conformidade com as normas de viagem.

1. Preparação adequada das pilhas para viagem

Antes de colocar pilhas na mala para viajar, cabe prepará-las com cuidado. Comece separando as que estão em bom estado das que já mostram sinais de desgaste ou vazamento. Jogar fora aquelas com aparência comprometida evita risco indesejado. 

Em seguida, mantenha as pilhas na embalagem original sempre que possível. Isso já oferece proteção extra contra impactos. Se a embalagem original não estiver disponível, coloque cada pilha em saquinhos plásticos ou em estojos individuais próprios para baterias. 

Essa medida reduz o atrito entre polos e evita contato acidental. Outra prática eficaz é isolar os terminais da pilha com fita adesiva, especialmente quando estiverem soltas. Esse truque minimiza risco de curto-circuito se houver choque contra outro objeto metálico. 

Também vale agrupar as pilhas por tipo para evitar confusões. Ao embalar, organize-as de modo que fiquem fixas e não se movimentem muito dentro da mala. 

Use divisórias ou pequenos compartimentos para esse fim. E por fim, leve uma quantidade razoável: evite exagerar no número de unidades para não chamar atenção excessiva no controle de segurança.

2. Proteção contra curto-circuito

Curto-circuito em pilhas é um risco silencioso, mas perigoso. Ele surge quando os polos positivo e negativo tocam diretamente ou por meio de metal, gerando faísca, calor ou até dano ao item. 

Para evitar isso, primeiro isole os terminais expostos com fita adesiva transparente ou fita isolante de baixa condutividade. Mesmo pilhas usadas precisam desse cuidado se estiverem soltas na bagagem. Outro modo de proteção: usar capas plásticas ou estojos rígidos feitos para transporte de baterias. 

Esses acessórios mantêm os polos cobertos e impedem contato acidental. Evite deixar pilhas soltas dentro de bolsos, carteiras ou mochilas onde existam chaves, moedas ou clipes metálicos. 

Sempre que possível, mantenha cada pilha em um compartimento separado ou organizada com distância entre os polos. Se você carrega múltiplas pilhas, intercale material isolante, como pedaços de papelão fino ou plástico entre elas. 

Em aviões, as autoridades exigem esse tipo de cuidado exatamente para prevenir cenário onde uma pilha possa entrar em curto durante o voo. 

3. Power banks e baterias externas no avião

Os power banks, as aquelas baterias externas usadas para carregar celular, tablet ou outros dispositivos, têm regras específicas no transporte aéreo por sua potência e natureza.

Normalmente, companhias e órgãos reguladores permitem que essas baterias fiquem na bagagem de mão, jamais despachadas, para que a tripulação possa acessá-las em caso de incidente. 

Em situações imprevistas, como um voo atrasado, ter um power bank carregado pode ser essencial. 

Ele garante que celulares, tablets e outros dispositivos continuem funcionando, permitindo que o passageiro acompanhe informações sobre novas instruções de embarque, horários atualizados e se mantenha em contato com familiares ou transporte terrestre.

Em geral, só são aceitos power banks cuja capacidade esteja dentro de limites seguros, por exemplo, até 100 Wh sem restrição ou entre 100 e 160 Wh com autorização prévia.  

Ao levar o power bank, mantenha-o dentro de estojo protetor ou saco plástico e com terminais protegidos. Evite deixá-lo dentro de bolsos soltos ou junto a objetos metálicos. 

4. Baterias de equipamentos eletrônicos

As baterias integradas a eletrônicos como celulares, câmeras e notebooks também exigem cuidados específicos no transporte. 

Quando já estiverem instaladas no aparelho, normalmente são aceitas tanto na bagagem de mão quanto, em alguns casos, despachadas, desde que o aparelho esteja desligado e protegido contra acionamentos acidentais. 

Contudo, se for necessário remover a bateria, ela deve seguir regras como as das baterias sobressalentes: preferencialmente ir na bagagem de mão, com terminais protegidos e capacidade dentro dos limites permitidos (por exemplo, até 100 Wh).  

Nunca transporte baterias danificadas, inchadas ou com sinais de vazamento, nesses casos, descarte-as de forma responsável antes da viagem. Em voos internacionais, alguns países exigem declaração ou autorização prévia para baterias acima de certa potência. 

Além das baterias, passageiros frequentemente se perguntam sobre itens menos comuns, como levar narguilé no avião

Nesse caso, é importante lembrar que o aparelho deve ser transportado desmontado, com mangueira, carvão e essências devidamente acondicionados conforme as regras da companhia aérea.

Regras das Principais Companhias Aéreas Brasileiras

Antes de embarcar, conhecer as regras das principais companhias aéreas brasileiras é essencial para evitar surpresas no aeroporto. 

Cada empresa segue as diretrizes da ANAC, mas também define políticas próprias sobre bagagens, embarque, transporte de líquidos, pilhas e até o uso de dispositivos eletrônicos durante o voo.

GOL - Política de pilhas e baterias

A GOL Linhas Aéreas adota diretrizes claras para o transporte de pilhas e baterias, alinhadas às normas da ANAC e padrões internacionais de segurança. 

Para garantir a segurança durante o voo, a companhia permite o transporte de até 20 baterias extras, desde que estejam protegidas individualmente para evitar curto-circuito. 

É importante ressaltar que a GOL não permite o transporte de baterias de lítio com eletrólito líquido ou com potência superior a 100 Wh, seja na bagagem de mão ou despachada. 

Dispositivos como notebooks, câmeras fotográficas, telefones celulares, filmadoras, tablets e carregadores portáteis devem ser transportados como bagagem de mão e passar pelo aparelho de raio-X na entrada da sala de embarque.

LATAM - Diretrizes para transporte de pilhas

A LATAM Airlines Brasil estabelece regras específicas para o transporte de pilhas e baterias, visando a segurança de todos a bordo. 

Pilhas comuns, como AA, AAA e de lítio com potência até 100 Wh, podem ser transportadas na bagagem de mão ou despachada, desde que devidamente protegidas para evitar curto-circuito. 

No entanto, a companhia proíbe o transporte de baterias de lítio com eletrólito líquido ou com potência superior a 100 Wh, seja na bagagem de mão ou despachada. 

É recomendável que dispositivos eletrônicos com baterias integradas, como notebooks e smartphones, sejam transportados na bagagem de mão, para facilitar o acesso em caso de emergência. 

A LATAM também orienta que as pilhas sejam mantidas em suas embalagens originais ou em estojos próprios, evitando contato com objetos metálicos ou outros itens que possam danificar as pilhas. 

Para voos internacionais, é aconselhável verificar as regras específicas do país de destino, pois podem variar conforme a legislação local.

Azul - Orientações sobre baterias

A Azul Linhas Aéreas adota políticas rigorosas para o transporte de baterias, alinhadas às normas da ANAC e práticas internacionais de segurança. A companhia permite o transporte de baterias de lítio com potência até 100 Wh na bagagem de mão ou despachada, desde que estejam protegidas individualmente para evitar curto-circuito. 

No entanto, a Azul proíbe o transporte de baterias de lítio com eletrólito líquido ou com potência superior a 100 Wh, seja na bagagem de mão ou despachada. A companhia não permite o transporte de baterias derramáveis ou com líquidos corrosivos, visando prevenir riscos à segurança durante o voo. 

É recomendável que dispositivos eletrônicos com baterias integradas, como notebooks e smartphones, sejam transportados na bagagem de mão, para facilitar o acesso em caso de emergência. 

A Azul também orienta que as pilhas sejam mantidas em suas embalagens originais ou em estojos próprios, evitando contato com objetos metálicos ou outros itens que possam danificar as pilhas. 

FAQ

Quantas pilhas posso levar no avião?

A quantidade de pilhas que você pode levar no avião depende do tipo de pilha e do modo como ela será transportada. Pilhas comuns, como AA, AAA, C ou D, podem ser levadas sem restrições significativas, desde que estejam em bom estado e devidamente protegidas contra curto-circuito. 

É recomendado mantê-las na embalagem original ou, se estiverem soltas, cobrir os polos com fita adesiva para evitar contato acidental com outros objetos metálicos. Quando falamos de baterias de lítio, usadas em celulares, notebooks, câmeras e power banks, a atenção precisa ser maior. 

A ANAC e as companhias aéreas permitem que cada passageiro transporte baterias de lítio de até 100 Wh livremente na bagagem de mão, enquanto aquelas entre 100 e 160 Wh precisam de autorização prévia da companhia. 

Baterias acima de 160 Wh, normalmente utilizadas em equipamentos profissionais ou industriais, não são aceitas na cabine nem na bagagem despachada sem autorização especial.

Conhecer o direito dos passageiros aéreos ajuda a evitar problemas nesse transporte, garantindo que as regras sejam seguidas e que eventuais conflitos com a companhia sejam resolvidos de forma justa.

Posso levar pilhas em brinquedos ou controles remotos dentro da bagagem despachada?

Sim, você pode levar pilhas em brinquedos ou controles remotos dentro da bagagem despachada, mas é preciso seguir algumas orientações para garantir segurança e evitar problemas no embarque. 

A ANAC permite o transporte de pilhas comuns, como AA, AAA ou C, dentro de aparelhos eletrônicos, desde que estejam em bom estado e devidamente acondicionadas. O cuidado principal é evitar curto-circuitos ou vazamentos que possam danificar outros itens da mala. 

O ideal é que os brinquedos ou controles remotos estejam desligados e que as pilhas fiquem firmes dentro do compartimento. Caso seja possível, mantenha os terminais das pilhas cobertos com fita adesiva ou use a embalagem original para reforçar a proteção. 

Equipamentos que contenham baterias de lítio, mesmo embutidas, devem preferencialmente ser transportados na bagagem de mão, mas pequenas pilhas alcalinas ou recarregáveis dentro de brinquedos geralmente podem ir na mala despachada sem restrições.

É permitido levar pilhas recarregáveis (NiMH ou NiCd) no avião?

Sim, é permitido levar pilhas recarregáveis, como NiMH (Níquel Metal Hidreto) ou NiCd (Níquel Cádmio), no avião, desde que sejam transportadas corretamente e em quantidade compatível com as normas de segurança. 

Essas pilhas são consideradas seguras, pois apresentam menor risco de superaquecimento ou vazamento em comparação com baterias de lítio. A ANAC permite que esse tipo de pilha seja levado tanto na bagagem de mão quanto na despachada, desde que esteja em bom estado e protegido contra curto-circuito. 

Para garantir segurança, é recomendável manter as pilhas dentro de seus compartimentos originais ou acondicionadas individualmente, evitando que os polos entrem em contato com objetos metálicos, como chaves ou moedas. 

Caso estejam soltas, uma medida simples é cobrir os terminais com fita adesiva, prevenindo faíscas ou danos durante o transporte.

O que fazer se uma pilha vazar ou estiver danificada antes do embarque?

Se uma pilha vazar ou apresentar sinais de dano antes do embarque, a primeira atitude é não utilizá-la de forma alguma. Pilhas danificadas podem representar riscos sérios, como curto-circuito, vazamento de produtos químicos ou até incêndio. 

A ANAC recomenda descartar imediatamente qualquer pilha que esteja inchada, com corrosão, rachaduras ou vazamento, garantindo que não seja transportada no avião, seja na bagagem de mão ou despachada. 

Antes de descartar, proteja as mãos com luvas ou pano limpo, evitando contato direto com o líquido que vazou, pois ele pode ser irritante à pele ou corrosivo. 

Coloque a pilha em um saco plástico ou recipiente seguro até que possa ser descartada de maneira adequada, de preferência em pontos de coleta de pilhas e baterias usadas, encontrados em supermercados, lojas de eletrônicos ou pontos de reciclagem.

Conclusão

Viajar com pilhas e baterias exige atenção, mas não é motivo para preocupação quando se conhece as regras corretas. 

O guia completo da ANAC 2025 deixa claro que pilhas comuns, como AA, AAA ou C, podem ser transportadas sem restrições significativas, desde que estejam em bom estado e protegidas contra curto-circuito. 

Dispositivos que usam essas pilhas, como brinquedos, controles remotos e câmeras, também podem ser levados na bagagem de mão ou despachada, desde que desligados e acondicionados de forma segura. As baterias de lítio, cada vez mais presentes em celulares, notebooks e power banks, exigem cuidado especial. 

Elas devem, preferencialmente, ir na bagagem de mão, com terminais protegidos, e respeitar os limites de capacidade determinados pela ANAC. 

Baterias acima de 100 Wh podem exigir autorização da companhia aérea, enquanto as de mais de 160 Wh geralmente não são aceitas sem aprovação especial. Esse controle evita riscos de superaquecimento ou incêndio durante o voo.

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